Textos // Seu amor futuro não tem culpa da sua decepção do passado!


Pessoas que são inseguras sempre tendem a ser pessimistas, e tem sempre um "e se" antes de suas atitudes. Eu sou uma dessas pessoas, sou insegura, receosa, pessimista e sempre falo o "e se"...
Costumo dizer a mim mesma, vivo tanto pensando nas possibilidades para dar errado no futuro, que esqueço de acertar no presente.
Sempre coloquei meu corpo e alma à frente de tudo, me entreguei por inteira, e sempre esperei que fizessem o mesmo. Afinal fazia isso exatamente para que me retribuíssem da mesma forma.
Nem todas as experiências são boas, e as minhas, sem exceções, foram péssimas. A primeira vez que aconteceu, foi logo quando descobri a função do coração, não a de bombear sangue, não a científica, a poética, a de bombear amor e prazer.
Foi quando senti em carne e unha o que era gostar de alguém de verdade, não era aquela coisa de "hm, gosto.", era um sentimento mútuo e constante, cheio de variáveis inexplicáveis, me fazia transbordar toda vez que o via, e mesmo sendo uma época difícil para mim, ele coloria meus dias. Era um sentimento jovial e aveludado, gostoso de ser sentido.
Logo após, uma queda. Não foi culpa dele devo ressaltar, eu mesma me perdi no que era real, e no que eu inventei baseado em sonhos e vontades. Mas a queda não foi tão feia, machucou, doeu, deixou marcas, despejei lágrimas, e no fim foi uma lição.
Sempre quando você supera a fase "mais difícil por qual já passou", suspira aliviada, se esquecendo que o jogo ainda não está acabado, e que a vida é gradativamente destrutiva, até que você perceba que querer lutar para ganhar o posto é para os fracos, seu posto quem impõe é você mesma.
Não fazia ideia disso, e minha próxima fase foi a pior de todas, foi a que me deixou as piores marcas, a que não me deixou boas lembranças, as que eu considerava como boas se dissiparam na verdade, porque eram das mais ridículas mentiras. Talvez eu tenha tido uma boa lição, mas sou uma discípula do errado.
Só sei que em meu banal ponto de vista estava tudo certo, ele era diferente dos outros, era atencioso e fazia discursos sobre eu me abrir mais, não era sua intenção me machucar, ele queria ajudar, me amar... Toda vez que me lembro disso rio, sabia?
Era a única tola a acreditar. Passou? Passou, aliás, tudo passa. Chorei, gritei, fiz birra, fiquei de mimimi, me fiz de vítima, fui a vítima, fui a errada. Quando estamos decepcionados por amor, fazemos a merda sabendo que estamos fazendo merda, e muitas vezes é proposital.
Só sei que depois daí virou uma bola de neve, ele conseguiu perturbar tanto minha cabeça, que um dia parecia uma hora, passava em um piscar de olhos, e eu não tinha rido nem sofrido, não estava aproveitando minha vida.
Uma hora tirava ele da cabeça, outra o colocava de novo por vontade própria, tinha vez que eu o odiava, outras que eu o amava. Até hoje nunca entendi essa fase...
Um dia pensei que teria achado o cara certo, mas ao mesmo tempo ele era errado. Eu gostava dele, mas não com todo meu coração e vontade, por mais que tentasse. E por mais que eu não quisesse, sempre tinha outros que me chamava mais atenção. A partir daí percebi que não daria certo, e depois de tantos dias pensando que o amava, no fim mal gostava.
Depois de tantas experiências estranhas, e ruins, me fechei, não propositalmente, eu nem sabia que era fechada até me contarem.
Não consigo confiar, não consigo acreditar, nem aceitar, muito menos ser positivista com relação ao namoro, e um dia chegaram para mim e disseram "Seu amor futuro não tem culpa da sua decepção do passado!", e não é que é verdade?
Perdi muitas oportunidades me fechando a elas, mesmo que as quisesse, não tinha coragem, nem vontade de me arriscar novamente. Mas o que seria de nós sem se arriscar?

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