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Mandy Brancalion

Dizem que o amor é a cegueira dos olhos, e graças a meses de convivência com você, posso afirmar com provas concretas sobre isso.
Passei muito tempo da minha vida curvada por todos, mas eu cansei de implorar, eu tenho certeza da minha capacidade e quão longe eu posso chegar comigo mesma. Sei do que mereço, copos "meio cheios" não são úteis para saciar a minha sede. Já me acostumei a optar por erros e sofrimentos, mas você foi a minha escolha diferente, infelizmente quando as cortinas caíram, a minha descoberta foi que eu estava lidando com algo que eu já estava acostumada, só mais um (?)
Tu me teve em tuas mãos, de um jeito tão bonito que todos paravam para admirar, éramos de invejar. Como continuarei, tendo que mentir para todos que somos tão perfeitos? Me perdi no que era real e nos meus devaneios, mas quando a névoa abaixou, tive a conclusão que mais um vez, me apaixonei pela minha invenção. Sempre te admirei por corresponder tanto as minhas expectativas... Mas não tinha percebido que aquele lá, era eu.
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Cômodo escuro. Ambiente quente, toque quente, sentimento fervente. Nós. Um beijo. Sorriso seu, gargalhada minha. Olhos predadores. Boca descompromissada, vagando sem rumo. São as coisas mais marcantes que me lembro, do que me lembro, dentre tantas fases que passamos.
Nossos olhares eram como duas crianças brincando de pega pega, os meus olhos, fugiam, e os seus, corriam atrás.
Lembro-me perfeitamente do meu momento preferido com você, e ele não envolveu pele, nem boca, nem sussurros, muito menos suspiros. Se tratava de poucos minutos de silêncio, que se estenderam pela cama, que estávamos sentados, como lençol. 
Eram apenas três personagens, nós e a quietude, o clima totalmente adequado e propício para causar desconforto, mas com você foi diferente, não houve desconcerto de nenhuma parte.
Pela primeira vez, seus olhos sustentaram os meus, que já estavam cansados de se esquivarem. Dizem que o olhar é porta da alma, e apesar de não conseguir nenhuma resposta em seus olhos escuros, encontrei conforto e segurança, e de alguma maneira, totalmente subjetiva e intangível, me deparei com verdade, sanando minhas dúvidas.
Naquele silêncio eu te descobri de forma desnuda, e o nosso encontro foi tão bonito, e ao mesmo tempo, direto e esclarecedor. O relógio havia parado, e eu estava perdida, tinha mergulhado de cabeça, sem volta, me inundando por completa de ti, hoje duvido que tenha sido a coisa mais inteligente a se fazer, mas naquele momento, naquela hora, naqueles poucos minutos, que eu fiz deles dias, foi sem duvida fascinante, eu estava fascinada, fascinada por você.
Me permiti te tocar com os olhos, já que sou caracteristicamente uma pessoa observadora, detalhista, e minuciosa (em alguns casos), percorri seus cabelos castanhos e curtos, sua barba mal feita, sua boca que eu tanto gosto, e então parei, um sorriso me escapou pelo canto de meus lábios, e eu ainda lutava para esconder o fato de eu estar ridiculamente sem chão, na realidade, era esse o efeito que você tinha sobre mim, todas as vezes que me esquentava com seu olhar íntegro.
Era um momento comum, que eu o transformei em um dos nossos momentos mais especiais, não que você saiba (talvez, agora), quando o ponteiro voltou a ativa de maneira tão ligeira, meu coração voltou a bater, voltei a respirar, e nos desprendemos de uma conexão.
Tudo voltou ao normal, continuei a ser a garota que omite os sentimentos, e você a fingir ser algo que nunca foi, o único problema, e meu maior problema, é que até hoje, não consegui recuperar a perda da sua enchente em mim, e juro que ainda sinto resquícios de água fazendo marés, para perturbar e confundir meu coração.
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Pessoas que são inseguras sempre tendem a ser pessimistas, e tem sempre um "e se" antes de suas atitudes. Eu sou uma dessas pessoas, sou insegura, receosa, pessimista e sempre falo o "e se"...
Costumo dizer a mim mesma, vivo tanto pensando nas possibilidades para dar errado no futuro, que esqueço de acertar no presente.
Sempre coloquei meu corpo e alma à frente de tudo, me entreguei por inteira, e sempre esperei que fizessem o mesmo. Afinal fazia isso exatamente para que me retribuíssem da mesma forma.
Nem todas as experiências são boas, e as minhas, sem exceções, foram péssimas. A primeira vez que aconteceu, foi logo quando descobri a função do coração, não a de bombear sangue, não a científica, a poética, a de bombear amor e prazer.
Foi quando senti em carne e unha o que era gostar de alguém de verdade, não era aquela coisa de "hm, gosto.", era um sentimento mútuo e constante, cheio de variáveis inexplicáveis, me fazia transbordar toda vez que o via, e mesmo sendo uma época difícil para mim, ele coloria meus dias. Era um sentimento jovial e aveludado, gostoso de ser sentido.
Logo após, uma queda. Não foi culpa dele devo ressaltar, eu mesma me perdi no que era real, e no que eu inventei baseado em sonhos e vontades. Mas a queda não foi tão feia, machucou, doeu, deixou marcas, despejei lágrimas, e no fim foi uma lição.
Sempre quando você supera a fase "mais difícil por qual já passou", suspira aliviada, se esquecendo que o jogo ainda não está acabado, e que a vida é gradativamente destrutiva, até que você perceba que querer lutar para ganhar o posto é para os fracos, seu posto quem impõe é você mesma.
Não fazia ideia disso, e minha próxima fase foi a pior de todas, foi a que me deixou as piores marcas, a que não me deixou boas lembranças, as que eu considerava como boas se dissiparam na verdade, porque eram das mais ridículas mentiras. Talvez eu tenha tido uma boa lição, mas sou uma discípula do errado.
Só sei que em meu banal ponto de vista estava tudo certo, ele era diferente dos outros, era atencioso e fazia discursos sobre eu me abrir mais, não era sua intenção me machucar, ele queria ajudar, me amar... Toda vez que me lembro disso rio, sabia?
Era a única tola a acreditar. Passou? Passou, aliás, tudo passa. Chorei, gritei, fiz birra, fiquei de mimimi, me fiz de vítima, fui a vítima, fui a errada. Quando estamos decepcionados por amor, fazemos a merda sabendo que estamos fazendo merda, e muitas vezes é proposital.
Só sei que depois daí virou uma bola de neve, ele conseguiu perturbar tanto minha cabeça, que um dia parecia uma hora, passava em um piscar de olhos, e eu não tinha rido nem sofrido, não estava aproveitando minha vida.
Uma hora tirava ele da cabeça, outra o colocava de novo por vontade própria, tinha vez que eu o odiava, outras que eu o amava. Até hoje nunca entendi essa fase...
Um dia pensei que teria achado o cara certo, mas ao mesmo tempo ele era errado. Eu gostava dele, mas não com todo meu coração e vontade, por mais que tentasse. E por mais que eu não quisesse, sempre tinha outros que me chamava mais atenção. A partir daí percebi que não daria certo, e depois de tantos dias pensando que o amava, no fim mal gostava.
Depois de tantas experiências estranhas, e ruins, me fechei, não propositalmente, eu nem sabia que era fechada até me contarem.
Não consigo confiar, não consigo acreditar, nem aceitar, muito menos ser positivista com relação ao namoro, e um dia chegaram para mim e disseram "Seu amor futuro não tem culpa da sua decepção do passado!", e não é que é verdade?
Perdi muitas oportunidades me fechando a elas, mesmo que as quisesse, não tinha coragem, nem vontade de me arriscar novamente. Mas o que seria de nós sem se arriscar?
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"Is break and burn and end."

Minha mãe costumava a dizer todo inicio de relacionamento "Cuidado para não se machucar, Luanna." e eu, adolescente, despreocupada e debochada, sempre ria de sua frase.
Afinal, me considerava uma garota independente e esperta, depois de sofrer por tantos caras, e cometer erros atrás de erros amorosos, era tolice não prestar atenção nos detalhes e se magoar.
Ah coitada. Que garota ingenua eu era.
Sinto falta dessa inocência, pensar que aprenderia com os erros, quando na verdade vivo um labirinto com várias entradas ao errado, a mudança é o trajeto, mas sempre leva ao mesmo lugar.
Confesso, ainda não encontrei o caminho certo, e quando eu encontrar, se encontrar, pretendo nunca mais entrar nesse labirinto, nunca mais.
Repetia para mim "Tolos são os que sofrem por amor com medo de ficarem sozinhos! Antes só do que mal acompanhada." me chame de hipócrita se quiser, de duas caras, para mim tanto faz, sei que nunca cumpri essa frase, mas adorava repassar para meus próximos, como se fosse totalmente fiel a ela.
Eu nunca soube o que esperar dos caras por qual me apaixonava, mas o destino traçou um caminho com muitos obstáculos, e toda as vezes que tropeçava neles, sentia a vida rir da minha cara, como se fosse esperado o que acabara de acontecer. As vezes falo "Como não enxerguei isso antes de quebrar a cara?".
Sei que meus relacionamentos são baseados em - conhecer, apegar, iludir-se e perder - juro que sou idiota o suficiente para ter cometido a mesma burrice, com os mesmos tipos de caras, até hoje, pelo menos quatro vezes.
Já é quase esperado, chega a ser monótono a história não dar certo. Brigas, traição, ciúmes e fim.
Eu não quero mais isso, quero viver em paz, sem o coração bater mais forte ao ver seu próximo assassino, a sensação de borboletas no estomago já não é tão boa assim.
A última coisa que eu queria, era ficar sozinha, hoje estou implorando por sossego.

"Que me desculpe o criador da frase
'Você deve encontrar a metade da sua laranja'.
Calma lá, amigo.
Eu nem gosto de laranja."
- Não Se Apega Não
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- José, José... Se você soubesse o que você fez comigo!
Lá estava eu, mais uma vez no quarto esparramada pela cama, cabelos presos por preguiça de escova-los, meias furadas nos calcanhares e uma blusa clara velha, gasta e com manchas de cada dia que eu a usara.
Estava parada daquele jeitinho, fazia muito tempo, batucando o lápis em meu caderno, em branco, ó precioso caderno, nele havia todos meus sentimentos, TODOS, mas ninguém jamais soubera.
Escondia meu dia-a-dia, em personagens e histórias diferentes, porém com os mesmos sentimentos e finais que as minhas... Tudo bem, tudo bem, algumas com o final que eu gostaria que tivesse acontecido na realidade.
Uma coisa, eu só conseguia pensar em uma coisa nesse exato momento, e de modo engraçado, ela que me inspira, e por vez, bloqueia minha inspiração, estou falando da paixão, a senhorita Paixão, que vem bagunçando meus dias, assim como uma brisa forte que entra pela janela e espalha as folhas de algo importante, do qual você não sabia a ordem e agora está de joelhos no chão, tentando se lembrar qual seria o começo de tudo, qual seria a primeira folha.
Essa é a minha situação, está tudo uma bagunça. Meu único pensamentos são os olhos de José, inocentes e castanhos olhos, pelo qual que apaixonei, eles me dizem a verdade mesmo quando sua boca diz mentiras confiáveis. Ele me guia quando estou perdida, seus olhos são a porta para descobrir que realmente é, olhar por baixo da máscara.
Vou dizer que se José por inteiro fosse seus olhos já haveria me casado com sua pessoa. Que pessoa maravilhosa esse homem seria. O príncipe encantado em seu cavalo negro. O meu sonho.
Pena que eu sonho demais, e a imagem que criei de José sobre seus olhos é ilusório. Cada vez mais decepções. Sempre esperei mais dele, e agora... Espero menos. Eu realmente não queria, mas foram medidas mais que necessárias, já que o troco que dou a cada tombo que ele me causa não equivale a um quarto dos danos causados em mim.
Fernanda estava certa quando me avisou sobre ele, fui inocente o suficiente para acreditar que daria certo, tola o bastante para achar que ele mudaria, por mim, por nós.
Sinto vergonha de mim, acreditei em uma mentira, uma mentira da qual já sabia a verdade, e agora? O que me resta? Dias sem inspirações, textos pobres cheios de você e nada de nós.

“ Confundia amor
com pranto

amava pouco

sofria tanto”
- Fabrício Garcia
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Quando você pensa que está indo para o caminho certo e estável, abre bem os olhos, você pode perfeitamente continuar em cima da corda bamba que é a vida, a qualquer momento você poderá cair, o seu "estar bem" na verdade é apenas um momento de equilíbrio, logo acabará, voltará as dificuldades, nada indica que você está em terra firme, que já pode caminhar sem se preocupar, sem medo, sem cair...
Tudo está confuso, mais um vez, como sempre, pra variar, diga o que quiser, como preferir... Minha vida se parece com uma roleta russa, onde a chance de eu me dar bem é mínima e estou só no aguardo para me ferrar novamente, cansei desse sentimento sabe?
Cada vez mais complicado, quem diria que você poderia fazer uma bagunça dessa dentro de mim? Tirar o meu sono, aquele pelo qual prometi que ninguém nunca me tiraria.
Certamente eu já sabia que você era problema quando te encontrei, vi com os meus próprios olhos, vi um coração ser despedaçado pela suas mãos, presenciei com minha carne e osso. Por ironia do destino, vida ou azar, chame do que quiser, eu dei as caras, fui atrás de você, pois seu jeito de me olhar me deixou intrigada, quis saber mais, e comecei a depender de você, do seu sorriso, e das suas palavras que agora não servem para nada, nem mais para me fazer sorrir.
Me enrolei em seus braços de modo que não consegui mais sair, fiquei presa no nó que eu mesmo atei.
Ao seu lado me sinto a beira do precipício, sei que tudo tem seu risco, mas eu já sabia que a brisa lá em cima é boa, mas que quando ela acabasse eu iria cair, desprevenida e iludida.
Quando eu perceber será tarde.
Tarde demais para colocar Band-Aids nos machucados, tarde demais para colar os pedaços tarde demais para me proteger da realidade...
Quando eu perceber será tarde.
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Mandy Brancalion (@mandy.oca). Dezoito anos, adolescente atípica alternativa, apaixonada pela vida, viciada em sorvete.
Quer ser uma sereia com uma pitadinha de gótica quando crescer.
Cry Baby, fã de MPB e Indie. Fotógrafa, que cursa Modelagem de Vestuário, e quer ser estilista independente.
Sonhadora positivista, colecionadora de versilharias de apaixonados amargurados.

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