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Mandy Brancalion



Minha bagunça, eu nunca consegui organiza-la, já tentei a colocar, em cores, ordem alfabética, por mais procurados, e não, nada disso nunca adiantou, tudo sempre volta para a mesma insanidade.
Por isso concluí que a vida deve ser levada como quer... Plantas perto da janela, todos os cobertores em cima da cama, sutiã em cima do ventilador, nada disso vai mudar a bagunça, nem a garota lá fora, nem as árvores através da janela, muito menos a garrafa de Jack Daniel's vazia, em cima da escrivaninha. 
Minha câmera não vejo há uns dias, os pinceis, e tintas estão esparramados pelo chão, assim como meu sangue, que me tirou aquele domingo, me cortando ao meio, com a frieza que corria em suas veias, e a indiferença que bombeava seu coração. É cada vez mais difícil acreditar em reciprocidade, ou responsabilidade afetiva, você me tirou tudo, inclusive minha inspiração para escrever qualquer merda! Duas ou três palavras, não tão boas, Cage The Elephant, e um olhar vago para fora, é assim que estou tentando levar esse texto, em uma tentativa banal de me encontrar novamente, já que me levou em seu bolso, sem me avisar para onde estava se mudando.
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Dizem que o amor é a cegueira dos olhos, e graças a meses de convivência com você, posso afirmar com provas concretas sobre isso.
Passei muito tempo da minha vida curvada por todos, mas eu cansei de implorar, eu tenho certeza da minha capacidade e quão longe eu posso chegar comigo mesma. Sei do que mereço, copos "meio cheios" não são úteis para saciar a minha sede. Já me acostumei a optar por erros e sofrimentos, mas você foi a minha escolha diferente, infelizmente quando as cortinas caíram, a minha descoberta foi que eu estava lidando com algo que eu já estava acostumada, só mais um (?)
Tu me teve em tuas mãos, de um jeito tão bonito que todos paravam para admirar, éramos de invejar. Como continuarei, tendo que mentir para todos que somos tão perfeitos? Me perdi no que era real e nos meus devaneios, mas quando a névoa abaixou, tive a conclusão que mais um vez, me apaixonei pela minha invenção. Sempre te admirei por corresponder tanto as minhas expectativas... Mas não tinha percebido que aquele lá, era eu.
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Os corpos mentem, a boca desfruta da verdade
Meus olhos sentem, minha pele observa a variedade.

*

Mais uma vez me senti apenas um corpo, nada mais, sem personalidade, caráter, ou inteligência
Mas, afinal...? Não é isso que a sociedade nos impõe?
Somos mulheres!
Mulheres de um homem só! Mulher de casa!
MULHER!
Bela,
Recatada, 
e do Lar.
LAR... Lembro a última vez que pude chamar minha casa de lar, lá era um lugar bom de morar.
Ah! Era sim.
Mas hoje, é lugar de apanhar.
Vadia. Vulgar. PUTA!
"Só tá apanhando purque a culpa é tua!"


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Meus pensamentos andam sombrios, por sua culpa. Eu quero te matar, de uma forma silenciosa e indolor, vou apagar todas as pistas do assassinato e farei com que se pareça um suicídio, não se preocupe, não vai sofrer, vou te dopar antes. É, eu já tenho o plano. Eu preciso te matar, essa é a única maneira de apagar meu sentimento por você.
Irei comparecer em seu funeral, que será um dia cinza, porém não choverá. E eu estarei com meu sobretudo preto, e luvas negras de seda. Prestarei minhas condolências ao seus próximos, e derramarei lagrimas com sua família. Você não pode mais me fazer sofrer seis palmos abaixo da terra, pode? Acho que não é possível trair quando se está dormindo. Finalmente, você nunca mais vai fazer besteiras.
Por fim, jogarei minha rosa vermelha em seu caixão, porque você morreu pra mim!
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Você que sempre foi acostumado a viver na escuridão, acostumado a se vestir de preto, tinha uma alma que era capaz de colorir um arco-íris, e isso me encantou.

Eu realmente estava evitando de escrever sobre você, mas chega um momento, que o papel e a caneta passam a me chamar. São exatamente 01:17 da manhã de uma terça-feira de feriado na cidade, e eu estou dissertando sobre você em minha cabeça - coisa que admito que havia desacostumado a fazer por alguém. Estou ouvindo música, nada que me lembre você, mas algo que me inspira, Break My Heart, Hey Violet - só para saber minha condição do momento.
Estava deitada no chão da sala, ouvindo uma música que falava sobre colorir a alma, e as dificuldades da vida, ela certamente não me lembrou de você instantaneamente, mas permitiu que meus pensamentos vagassem até chegar a você.
Não se assuste, não estou perdidamente apaixonada, sendo uma fissurada ou algo do tipo, você somente me intriga de uma maneira inédita, digamos.
Posso não estar certa de suas intenções... Mas eu que sempre estive acostumada a desviar das armadilhas mais elaboradas, cai nos seus jogos mentais, e isso de certa forma me consome, e me desvia sempre para você, mantendo-me desfocada de todos meus planos tolos de escapar.
São indecisões de pensamentos, ideais e sentimentos, nunca gostei de viver em meio termo, por isso chutava tudo o que não fosse completo, mas eu me encontrei na sua confusão, e o que devo fazer agora?
Nunca ganho uma resposta completa ou satisfatória, estou aprisionada em um meio que não existe sim ou não, e me recusa a ir embora sem uma certeza, sem um aval, odeio viver com a cabeça martelando em "e se na realidade fosse para acontecer isso...".
Não posso negar de maneira alguma, que sinto uma ligação completamente inexplicável entre nós, algo forte e consistente, porém algo que estou longe de saber manusear, ou manter. Existe uma energia tão agradável que nos rodeia quando estamos juntos, uma energia em que me faz me sentir sã, e um pouco menos arruinada.
Talvez eu realmente esteja ficando louca em insistir tanto, talvez seja minha carência, talvez você só queria ser legal com um garota atrapalhada, dividida em tudo, até nas cores de seu cabelo. São muitos "talvez" para uma história só, não acha? E eu tinha prometido a mim que evitaria isso.
Já procurei ser o mais sincera possível com você sobre mim, mas juro que não espero mais nada em troca, só não sei por que ainda estou aqui, escrevendo sobre você em uma madrugada, sozinha, quando já tinha dito "desisto"!
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Os olhos perdidos em meio a peles, quentes, bronzeadas, branquelas e negras. A boca confusa, com os lábios sem rumo.

Me lembro da lua cheia e da noite fresca. 
A lua refletia em pequenas poças de água perto da guia da calçada, meus olhos captavam fragmentos, cada um com uma certa particularidade que passei a gostar. Entre eles, cito: castanho, linhas, cinza, preto, mãos, música boa, gargalhadas, divergências, um bom debate político, afinidade, belo sorriso sincero, sentimentos sem começos ou fins, entrelaçados, causadores de confusão.
Todos se prendem a definição, nascemos a querendo, e o que dizer das consequências daquela noite em que fomos encontrados na rua silenciosa, dançando na escuridão da lua?

Nada, nos perdemos em encontrar uma definição para os outros, e esquecemos do que realmente importava. Eu e tu.
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Quatro horas da manhã, dia quinze de julho de dois mil e dezessete.

Me encontrava na varanda, sentado em meio do silêncio que o ambiente proporcionava, meu cigarro no cinzeiro, e podia ouvir a música do meu vizinho, Chico Buarque.
A noite estava totalmente agradável para um apaixonado perseverante, o céu límpido, com poucas estrelas que o pontilhava. Bebia uma taça de vinho barato, e mantinha os olhos firmes na vista de uma pequena viela, via com clareza o que acontecia na casa da Elis, pelas suas grandes janelas de vidro. Gostava de bisbilhotar suas noites, não como um stalker, mas como um observador.
O namoro de Elis, era como um jogo, não era nada fácil, muito menos algo que fluísse com liberdade. Seus movimentos e falas eram pensados com antecedência, necessitava de estratégias, mas ainda sim denominado como amor.
Todas as noites, ela e seu namorado iam para o quarto, como um casal jovial e apaixonado, cheios de fantasias. Não fantasias sexuais, fingiam ser quem não eram, se vestiam de outro, cobriam-se de brasa, e ardiam em chama. Ardente. Fogo. É a palavra que eu definiria seu namoro, algo que esquenta, mas arde, machuca e dói.
Seu namorado era inconstante, por vezes apresentava-se violento, a fazia se sentir incapaz, a xingava, menosprezava, espalhava sobre ela a má fama, mas nada que ele não pudesse se desculpar com algumas curtas horas de cama.
Já a vi inúmeras vezes desmontar, logo que ele lhe vira as costas para ir embora, satisfeito de prazer, e ela se banha de lágrimas, obrigatoriamente satisfeita, mas de tanto ter que engolir desaforos calada. Tentei ajudar muitas vezes, sou um apaixonado perseverante, um apaixonado por seu sorriso singelo, e olhos pequenos, levemente puxados, seus cabelos negros lisos. Sou um apaixonado perseverante, um apaixonado por Elis, que é apaixonada pela dor e sofrimento. Coração masoquista. 
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About me



Mandy Brancalion (@mandy.oca). Dezoito anos, adolescente atípica alternativa, apaixonada pela vida, viciada em sorvete.
Quer ser uma sereia com uma pitadinha de gótica quando crescer.
Cry Baby, fã de MPB e Indie. Fotógrafa, que cursa Modelagem de Vestuário, e quer ser estilista independente.
Sonhadora positivista, colecionadora de versilharias de apaixonados amargurados.

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