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Mandy Brancalion


Sou aquelas meninas que vivem apaixonadas sabe? Sonha acordada com o famoso romance de cinema, apesar de nunca demonstrar isso e afugentar muitos sendo fria, esses são meus reais sentimentos, mas nada disso chega aquele tipo de garota melodramática que sai por aí com qualquer um somente para não ficar sozinha.
Sempre sofri um pouco com essa história de sonhadora e esperanças inesgotáveis, mas com você está sendo tão diferente, e estranho.
Ao mesmo tempo que nos vejo tão distantes, tento encontrar explicações de não sermos tão próximos. Acho que estou me precipitando, mas quem se importa? Já está tudo acabado, destruído.
Tenho receio e ao mesmo tempo, correr o risco parece ser emocionante.
Você é tão diferente, como nunca o enxerguei antes?  Parece ser tão certo para mim, porém suas reações é que sou totalmente errada para você.
Temos mais em comum do que qualquer outra pessoa, você não faz ideia! É engraçado. Não é o tipo de sentimento gritante que nos faz dar a vida por alguém sabe? Mas é o sentimento na medida certa, que não é tarde demais para desistir, nem cedo demais para tentar.
Queria que enxergasse tudo o que vejo, então ouviria sem questionar, suas gargalhadas, quando digo que seriamos uma boa dupla.
Apenas uma chance seria o necessário para lhe mostrar. Vejo todos os dias você batendo na porta do erro.
Hoje foi uma surpresa, afinal, finalmente bateu em uma porta diferente, provavelmente um erro, um erro que como sempre você quis arriscar, porém, esse parece o erro mais certo que tentou.
O meu medo é que esse erro não sou eu.
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Nossa história que por você foi resumida em poucas linhas, do meu lado eu a escrevia em inúmeros parágrafos a prolongando, com todos os detalhes possíveis, podendo ser encontrados nas entrelinhas. Evidentemente não daria certo, mas sabe como são os caminhos traçados pela vida, eles tem um modo engraçado de pensar, criando encontros e desencontros.
Nós, fomos um desencontro. Sofri por tanto tempo, ver outra garota em seus braços sempre me surrou. Vê-la a olhando com olhos apaixonados, como se fosse perfeito para ela.
Senti, senti muito. E além de toda a dor, senti pena, aqueles olhos apaixonados, a cegavam da verdade, aquela verdade que todos enxergam, que já deixei de enxergar, mas agora, vejo limpidamente.
A última vez que escrevi sobre você, deixei explícito, que não sabia se seria a última, mas agora arrebentei todos os nós que me prendiam a você, e afirmo com todas as letras, que essa será a última vez.
Não estou escrevendo para que você saiba o que se passa ou para esfregar na sua cara, estou escrevendo para deixar marcado o dia em que deixei você para trás.
Cansei de sofrer com o passado, temer o futuro e consequentemente estragar o presente.
Quando ficávamos, sempre o achei tão perfeito, dizia que combinávamos acima de tudo, mas pera aí, você nem gosta de Harry Potter, sempre julgou minhas escolhas, e sempre foi tão mente fechada e machista.
Já duvidei se você seria o cara certo para mim, mas agora tenho certeza, você é o cara totalmente errado para mim.
Lhe dei a Via Láctea e recebi Plutão. Eu sempre me entreguei por inteira e de você sempre recebi metades.
Acontece meu Amor, que eu não vivo de metades. Vivi com medo de não ser o suficiente para você, só que nunca percebi, que, você nunca foi o suficiente para mim, nunca teve a capacidade de me fazer transbordar amores, eu fazia isso sozinha, me contentava com tampouco.
O final da história, você continua errado, mas não consegue mais me deixar desconcertada.
Sempre me enxerguei como a pobre coitada, sofrendo por uma ilusão amorosa, mas quer saber? Um pouco de auto estima só faz bem, e você perdeu seu lugar querido.
Não sofro, porque novos amores virão, sempre vem, e você mesmo sabe que outros caras também me querem, acontece que eu te pertencia, hoje não sou de ninguém. Sou apenas da liberdade, e nunca me senti tão bem.
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Em um dia uma paixão não correspondida, no outro completos apaixonados, semana seguinte dois estranhos que se conhecem muito bem.
É curioso o modo como isso aconteceu, foi tudo tão esperado, mas inesperado ao mesmo momento. 
Estou escrevendo mais uma vez sobre você, não prometo que será a última, mas talvez botar pra fora me ajude a me livrar de vez desses resquícios de você no meu coração.
Finalmente estou deixando de transbordar amores por você. Estou deixando de sentir ciúme. Me deixando de importar... Finalmente! 
Sim, eu ainda acompanho cada passo seu com o olhar, mas eu acho que agora é mais costume do que necessidade. 
Apesar de tantos "finalmentes" que dou por dia, eu realmente acho que o fato de não ter lhe dado as costas completamente é medo, medo de colocar um ponto final em nossa história, porque nunca quis que ela houvesse acabado, não de maneira tão tola e banal, mas não posso fazer nada a respeito.
Minha complicação atual, é que, eu não sei lidar com esse medo, eu não te amo, não mais, eu amo nossas boas lembranças, apenas elas.
Siga caminho em frente. É o que todos me dizem, e eu realmente faço isso, estou fazendo isso, mas sua sombra ainda me assombra.
Não vejo a hora de chegar ano que vem. Não o verei mais na escola, e finalmente poderei me apaixonar pela pessoa que venho tentando, não literalmente claro, ninguém escolhe a quem se apaixonar, mas o que quero dizer, é que a única coisa que me impede de mergulhar de cabeça nesse novo cara é você, que ainda insiste em marcar presença em meus dias.
Ao contrário de outras histórias desejo que seja feliz, muito feliz, não adianta guardar mágoas não é mesmo? Eu nem tenho uma razão racional para guardar mágoas de você. Você não fez nada de errado, nem eu, mas me devia explicações. Passou, não devo mais cobrá-las, porque tudo que eu podia ter feito e não fiz por orgulho você também poderia ter feito.
Estou escrevendo apenas para te avisar que finalmente estou pronta para recomeçar, por mais que ainda haja medo, eu irei recomeçar, uma nova história, aquela que não existe nós, nem você.
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"Is break and burn and end."

Minha mãe costumava a dizer todo inicio de relacionamento "Cuidado para não se machucar, Luanna." e eu, adolescente, despreocupada e debochada, sempre ria de sua frase.
Afinal, me considerava uma garota independente e esperta, depois de sofrer por tantos caras, e cometer erros atrás de erros amorosos, era tolice não prestar atenção nos detalhes e se magoar.
Ah coitada. Que garota ingenua eu era.
Sinto falta dessa inocência, pensar que aprenderia com os erros, quando na verdade vivo um labirinto com várias entradas ao errado, a mudança é o trajeto, mas sempre leva ao mesmo lugar.
Confesso, ainda não encontrei o caminho certo, e quando eu encontrar, se encontrar, pretendo nunca mais entrar nesse labirinto, nunca mais.
Repetia para mim "Tolos são os que sofrem por amor com medo de ficarem sozinhos! Antes só do que mal acompanhada." me chame de hipócrita se quiser, de duas caras, para mim tanto faz, sei que nunca cumpri essa frase, mas adorava repassar para meus próximos, como se fosse totalmente fiel a ela.
Eu nunca soube o que esperar dos caras por qual me apaixonava, mas o destino traçou um caminho com muitos obstáculos, e toda as vezes que tropeçava neles, sentia a vida rir da minha cara, como se fosse esperado o que acabara de acontecer. As vezes falo "Como não enxerguei isso antes de quebrar a cara?".
Sei que meus relacionamentos são baseados em - conhecer, apegar, iludir-se e perder - juro que sou idiota o suficiente para ter cometido a mesma burrice, com os mesmos tipos de caras, até hoje, pelo menos quatro vezes.
Já é quase esperado, chega a ser monótono a história não dar certo. Brigas, traição, ciúmes e fim.
Eu não quero mais isso, quero viver em paz, sem o coração bater mais forte ao ver seu próximo assassino, a sensação de borboletas no estomago já não é tão boa assim.
A última coisa que eu queria, era ficar sozinha, hoje estou implorando por sossego.

"Que me desculpe o criador da frase
'Você deve encontrar a metade da sua laranja'.
Calma lá, amigo.
Eu nem gosto de laranja."
- Não Se Apega Não
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- José, José... Se você soubesse o que você fez comigo!
Lá estava eu, mais uma vez no quarto esparramada pela cama, cabelos presos por preguiça de escova-los, meias furadas nos calcanhares e uma blusa clara velha, gasta e com manchas de cada dia que eu a usara.
Estava parada daquele jeitinho, fazia muito tempo, batucando o lápis em meu caderno, em branco, ó precioso caderno, nele havia todos meus sentimentos, TODOS, mas ninguém jamais soubera.
Escondia meu dia-a-dia, em personagens e histórias diferentes, porém com os mesmos sentimentos e finais que as minhas... Tudo bem, tudo bem, algumas com o final que eu gostaria que tivesse acontecido na realidade.
Uma coisa, eu só conseguia pensar em uma coisa nesse exato momento, e de modo engraçado, ela que me inspira, e por vez, bloqueia minha inspiração, estou falando da paixão, a senhorita Paixão, que vem bagunçando meus dias, assim como uma brisa forte que entra pela janela e espalha as folhas de algo importante, do qual você não sabia a ordem e agora está de joelhos no chão, tentando se lembrar qual seria o começo de tudo, qual seria a primeira folha.
Essa é a minha situação, está tudo uma bagunça. Meu único pensamentos são os olhos de José, inocentes e castanhos olhos, pelo qual que apaixonei, eles me dizem a verdade mesmo quando sua boca diz mentiras confiáveis. Ele me guia quando estou perdida, seus olhos são a porta para descobrir que realmente é, olhar por baixo da máscara.
Vou dizer que se José por inteiro fosse seus olhos já haveria me casado com sua pessoa. Que pessoa maravilhosa esse homem seria. O príncipe encantado em seu cavalo negro. O meu sonho.
Pena que eu sonho demais, e a imagem que criei de José sobre seus olhos é ilusório. Cada vez mais decepções. Sempre esperei mais dele, e agora... Espero menos. Eu realmente não queria, mas foram medidas mais que necessárias, já que o troco que dou a cada tombo que ele me causa não equivale a um quarto dos danos causados em mim.
Fernanda estava certa quando me avisou sobre ele, fui inocente o suficiente para acreditar que daria certo, tola o bastante para achar que ele mudaria, por mim, por nós.
Sinto vergonha de mim, acreditei em uma mentira, uma mentira da qual já sabia a verdade, e agora? O que me resta? Dias sem inspirações, textos pobres cheios de você e nada de nós.

“ Confundia amor
com pranto

amava pouco

sofria tanto”
- Fabrício Garcia
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Faz muito tempo que não escrevo textos aqui no blog, graças ao meu caderno de textos que carrego para todo o canto não perdi a prática!
As vezes um sentimento forte, que te faz ficar feliz, faz o coração pulsar mais forte, pode ser ruim! Pois é, eu sempre achei o amor sem sentido, simplesmente pelo fato de que, é tão bom, que faz mal... Sinceramente nunca compreendi muito bem, esse "sentido da coisa", e acredito que não entenderei tão cedo assim.
Não sou nenhuma experiente para sair dizendo "Ei você, não se apaixone, pois um dia irá se ferrar!", mas uma vez que passei por isso é o suficiente para sair dizendo "Ei você, não se apaixone, pois um dia irá se ferrar!". Confuso? Talvez, mas para quem já passou por isso faz bastante sentido e não adianta negar.
Novas experiencias são bem-vindas, só que não!
Por isso vim fazer um breve anuncio que estou fechando as portas do meu coração, para uma bela reconstrução, porque as janelas foram quebradas, e os pedaços de cacos de vidro deixados lá doem.
Metaforicamente faz sentido, e veja... Por mais enrolada que estou para botar isso para fora, até mesmo por textos, você está entendendo.
Já passou por isso, me entende, e pensa "É amiga... Vai passar!" mas eu não quero que passe. Não deveria ter acontecido para desejar que passe.
Mais complicado que parece, eu estou é facilitando a história para vocês.
Ultimamente meus textos andam sendo beem curtos comparados a outros que já escrevi, talvez seja pelo fato de não conseguir aceitar a verdade, quanto mais escrever ela...
Talvez seja porque eu não sou forte o suficiente, talvez eu seja de uma certa forma burra, talvez, talvez,talvez... Única coisa que eu tenho certeza é que, não tenho certeza de nada!
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- É uma boa! - ele brincou.
Como ainda não tinha pensado nisso? Fiquei tão sem jeito perto do Jason que esqueci do meu celular, de tudo...
Peguei o celular na bolsa, procurei rápido nos contatos e liguei.
- Lua?
- Hey! - ela sussurrou - Pensei que você soubesse que estou no cinema!
- É urgente!
- Pode falar baby, estou saindo da sala infelizmente, espero que seja realmente urgente porque eu não estou largando o Thomas sozinho a toa sendo que custei para arranjar um encontro com ele.
- Desculpa. - lamentei, porque ela deu duro mesmo para chamar atenção dele - Eu estou perdida!
- Perdida? - ela gritou - Como assim menina?
- Eu não lembro como vim parar aqui... - Não sei como vim parar aqui e isso era estranho. - Consegui a ajuda de um garoto...
- Um garoto? Ele é gatinho? Se for não esqueça de me mencionar com as melhores qualidades, e pode dizer algumas mentirinhas. - ela interrompeu.
Sorri, a Lua sempre foi assim e eu a adorava daquele modo, o Jason seguia o caminho um pouco mais a frente dando privacidade a nossa conversa.
- Lua, não perde o foco! - falei severa - Eu perdida lembra?
Não vi o rosto de Jason, mas senti que ele estava rindo de nossa conversa.
- Tudo bem, e você está aonde nesse exato momento?
Onde eu estava? Tentei ler algumas placas, mas estava no começo de uma nevasca já eram seis horas da tarde, estava quase impossível ler alguma coisa.
- Jason! - chamei.
Ele se virou, caminhou até mim com passos apertados.
- Onde estamos?
Tentei dar um sorriso atrativo, mas missão fail ele mal olhou para minha cara ele caminhou olhando para seus tênis, envergonhado talvez?
- Está difícil de ler alguma coisa, mas tenho quase certeza que aqui é Church Street, se ela quiser um lugar mais especifico, daqui vinte minutos chegamos á Farmin Park. - ele disse apontando para a próxima rua que iriamos entrar.
-Estamos na Church Street, mas se fica mais fácil daqui vinte minutos estaremos a frente do Farmin Park.
- Okay. - respondeu a Lua. - Eu irei chegar em meia hora, logo após de destruir meu encontro com Thomas. - ela reclamou.
- Desculpa, irei te recompensar. - me senti culpada.
- Com cupcakes da Lola's!
- Cupcakes da Lola's. - repeti com um sorriso.
Desliguei meu celular, e o coloquei na bolsa Jason observava meus passos a espera de uma noticia.
- Ela chegara em meia hora.
- Ótimo - ele sorriu. - Farmin Park não é muito longe, não se preocupe conheço Coldwater como a palma da minha mão.
Não conseguia dizer, apenas sorri e afirmei com a cabeça, seus olhos que em pouco tempo me fizeram apaixonar-se estavam capturando cada detalhe. Um silêncio ocorreu.
- Maia né? - ele fez uma pausa. - Para cortar o silêncio que tal perguntas para nos conhecermos?
- Ótimo.
- Quantos anos? - ele perguntou.
- 17 e você?
- 18. Gosta de animais? - ele riu de sua pergunta.
- Sim, principalmente de cachorros tenho três e você?
- Cachorros, tenho dois. Gosta de que tipo de comida?
- Italiana, sou apaixonada por massas! - sorri deixando escapar uma gargalhada estranha.
-Hum... Me deu fome!
Nossos olhares cruzaram e gelei, desceu um frio na barriga e me deixou ansiosa, ele sorriu meus olhos percorreram seu sorriso tão marcante e ele desviou o olhar para o chão.
- Namorado? - ele perguntou de cabeça baixa.
corei.
- Não...
- É... Eu também não.
Uma felicidade súbita veio até mim e deixei escapar um sorriso que Jason percebeu.
- Você trabalha? - cortei o gelo.
- Sim, trabalho em uma Starbucks perto da minha casa.
- Trabalho em um pet shop, cuido dos passeios dos cães, é uma bagunça! - ele riu.
- É estranho... - ele suspirou.
- O que?
- Conhecer uma pessoa assim, depois disso o que vai acontecer?
A pergunta dele era intrigante e eu tinha a sensação que ele queria muito a resposta, sem deixar escapar respondi na certeza.
- Podemos manter contato.
Ele sorriu.
- Posso te fazer uma pergunta? - perguntei.
- Sim.- tentávamos desviar os olhares.
- Porque veio até minha mesa no Starbucks?
- Você estava sozinha...
- Estranhos, não se sentam com outros estranhos apenas porque estão sozinhos. - tentei falar sem me enrolar.
- Ta bom, vou admitir te achei interessante.
- Sou interessante? - perguntei surpresa.
- Sim, ruiva... olhar tímido...
- Tímido?
- É.
Então nossos olhares se juntaram como imãs no mesmo momento, e um sentimento louco fez meu coração acelerar parecendo uma escola de samba senti nossos corpos se aproximarem, e já estávamos perto o bastante para...
- Chegamos ao Farmin Park. - ele cortou.
E a realidade bateu sem dó, eu nunca conseguiria ficar junto a Jason, se apaixonar por um estranho é a loucura mais impossível que já achei que daria certo, e como sempre fui tola o suficiente para acreditar que aconteceria.
- Desculpe. - ele lamentou.
Minhas palavras foram engolidas por mim mesma, uma decepção repentina me apareceu e eu não consegui dizer, nem olhar mais para Jason, me senti tão burra a acreditar em uma coisa como essa poderia acontecer, fora do livro era impossível.
Senti Jason me observando, rapidamente olhei para o lado, as ruas estavam desertas e eu não queria que Jason soubesse o que estava sentindo.
- Maia? Desculpe se fui...
- Tudo bem - interrompi.
As palavras quase não saíram, Meu Deus estou ficando louca? Estava desafiando, meus sentimentos por Jason era como se já o conhecesse a séculos, me senti ridícula.
Pude ouvir o carro de Lua virando a esquina e então acalmei, nunca mais veria Jason e um coração partido por pouco tempo é melhor do que a dor de uma paixão não correspondida por tempos. Lua parou seu carro logo a nossa frente e abriu o vidro.
- Entrem. - seus olhos percorreram por Jason. - Porque não me disse que ele era gato Maia?
Geralmente riria da situação se eu não estivesse acabado de levar uma surra da realidade entrei no carro sem dizer uma palavra sequer, Jason sentou ao banco traseiro, então Lua começou a tagarelar, perguntou sobre toda a vida de Jason inclusive se ele tinha namorada. Senti que ele estava incomodado com as perguntas da Lua e que constantemente ele olhava para mim, mas encarei a imensidão de neve através da janela ignorando-o.
Lua nos deixou em casa e antes que eu a dissesse que Jason não ficaria comigo ela partiu.
- Maia, me desculpe...
- Não precisa se desculpar, vou para casa...
De frente para porta procurei minhas chaves na minha tira colo cinza, uma lagrima logo desceu limpei antes que alguém percebesse.
- Maia.
Impaciente virei e ele estava tão perto que antes de dar um passo para trás ele me beijou, senti seu cheiro de hortelã de perto, seus lábios tocando os meus, seu nariz gelado e cada vez diminuíamos a distancia entre nós, ele me puxou para mais perto pela cintura e eu segurei sua nuca.
Nunca pude pensar em viver uma história como essa, me apaixonar por alguém que conheci a tão pouco tempo e ainda ser correspondia poder estar com ele naquele momento fez meu coração explodir de alegria, fiquei arrepiada senti ansiedade e meu coração batia cada vez mais forte quando ele passava a mão em mechas do meu cabelo.

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- Maia? Maia? - ouvi gritos da minha mãe. - Será possível? Mesmo abrindo a janela você a fecha e volta a dormir!
Estava no meu quarto, debaixo de três cobertores, cercada de travesseiros. Tudo foi um sonho? Não... Não... Jason não existe? Eu amo alguém que não existe?
- Jason está te esperando na sala, esqueceu que hoje é o aniversario de vocês? Pelo amor você falou disso ontem o dia inteiro, essas adolescentes estão cada vez mais malucas! - Jason?
- Jason? Aniversario?
- Seu namorado... Em que mundo você está hoje?
Jason era meu namorado? Abri o maior sorriso que minhas bochechas suportaram, pulei da cama para o closet coloquei as melhores peças de roupas que tinha, me olhei no espelho trezentas vezes até achar a perfeita, arrumei meu cabelo, passei maquiagem, totalmente feliz corri pelos corredores desci as escadas ansiosa, tropeçando em meus próprios pés e quando finalmente cheguei a sala... Jason!


Para acompanhar:
Parte 1
Parte 2










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Seus olhos esverdeados riam, mordi o lábio inferior e pensei Ferrou, estou parecendo uma abobada falando tudo errado. Por isso você não tem namorado, imbecil!
- É que sabe, tenho memória péssima e com essa neve tudo é igual.
- Eu poderia te acompanhar, sua casa é muito longe?
- Não... Não muito.
Já saquei que eu tinha acabado de conhecer Jason, mas ele parecia inofensivo. Enquanto o meu racional dizia para pular fora de se apaixonar por um estranho, o meu irracional era mais forte e dizia totalmente ao contrario.
Ajeitei minhas luvas, e ele tinha um leve sorriso estampado no rosto. Peguei meu celular em cima da mesa e sai com passos apertados só de pensar em enfrentar aquele frio congelante do outro lado da porta, senti Jason seguindo meus passos.
Quando passei pela porta meu estomago apertou, o frio era tanto, mas não lembro do que tinha na cabeça para sair de casa tão "sem roupa", para falar a verdade não lembro de nada antes de encontrar a Starbucks, mas eu não dei muita importância.
- Então o que te trouxe aqui, nessa cidade que não tem N-A-D-A? - perguntei tentando cortar o silencio.
- Eu não sei... Depois que minha mãe morreu vim parar aqui.
- Sinto muito.
Já está resolvido, vou ficar de boca fechada. Em menos de uma hora ele já deve me achar uma demente inconveniente.
- Não, tudo bem. - ele fez uma pausa - Esse assunto não me incomoda mais.
- Ah... O.k!
Em um pouco de silencio meus altos pensamentos me levaram para longe, Jason passou uma rápida olhada em meus olhos.
- Está com frio? - Ele falou apertando os ombros.
- Está-tá tudo be-bem! -  Gaguejei batendo os dentes.
Ele deu uma leve gargalhada, e finalizando com seu sorriso encantador. Ele olhava para seus pés levantou as sobrancelhas e lançou o olhar para mim.
- Tome. - Falou ele tirando o casaco.
- Está maluco? Quer morrer de frio?
- Eu estaria maluco, se deixasse você morrendo de frio!
Ele me ajudou a colocar o casaco, suas mãos estavam extremamente geladas, tirei minhas luvas, entreguei e ele assentiu com a cabeça, como um obrigado.
Suas mãos dirigiram ao bolso e de lá ele tirou seu celular, ele balançou o celular tocando.
- O que é? - Ele falou impaciente, mas educado. - Sim... Na verdade estou ajudando uma garota a encontrar a casa dela.
Só o que me faltava, agora sou a garota perdida! Eu não tinha para onde fugir, mas estava com muita vergonha. Provavelmente ele devia estar falando com sua namorada, uma menina linda de olhos azuis cabelos longos e sedosos. Bem melhor que eu uma ruiva, desengonçada com os olhos cor de mel.
Ele guardou o celular no bolso novamente, e parecia estar um tanto zangado, ele bufou e continuou olhando para o chão.
- Então... - Nossos olhares se encontrara e um sorriso surgiu. - Para que lado é sua casa?
Eu estava vidrada em seus olhos, quando repeti para mim mesma várias vezes: Não se apaixone por um estranho, não se apaixone por um estranho, não se apaixone por um estranho!
- Você esta bem? - ele riu.
- Ah... Claro... Já disse que estou perdida?
Ele sorriu mais uma vez, será que serei julgada de se apaixonar por um menino que conheci há vinte minutos atrás? Com certeza!
- Tudo bem... - ele pensou - o que vamos fazer então?
- Eu vou ligar para minha amiga Lua.

Para acompanhar:
Parte 1





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Quando acordei a janela já estava aberta, ou seja minha mãe tinha entrado em meu quarto. Morrendo de sono finalmente consegui virar e enfiar a cara no travesseiro, ainda eram oito da manhã e em pleno sábado de inverno, minha mãe tinha que escancarar a janela?
O vento gelado bateu em meu rosto e estremeci. Criei coragem, então levantei com o pé no chão gelado corri e fechei a janela o mais rápido possível, em um pulo voltei para baixo dos cobertores.
Chequei o rádio relógio, e pequei meu livro que estava do lado da cama em cima do criado mudo.
Abri o livro - página 45 - continuei a ler, meus olhos pescaram, o sono estava voltando, lutei contra mas já não estava entendendo nada do livro e o sono predominou.

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Toda paisagem era branca, chegava a doer os olhos, não sabia onde estava, no meio de tanta neve, tudo era branco tudo era igual.
Perdida continuei andando soprando minhas mãos com o propósito de esquenta-las, mas minhas pernas endureceram com o frio, e meu joelho latejava a cada passo, minhas duas calças já não me esquentavam mais. 
Com um olhar perdido corri os olhos em toda aquela brancura de cegar, ninguém, eu estava absolutamente sozinha. Um pequeno desespero bateu, odiava ficar sozinha, corri algum tempo a procura de algum estabelecimento aberto, mas eu não consegui encontrar nada.
Depois de uns dez minutos de caminhada encontrei uma Starbucks, com as forças quase esgotadas caminhei contra o vento segurando o meu gorro.
Abri a porta de vidro e um sininho soou. Bati as botas no chão tirando o excesso de neve - Ah que delicia era lá dentro, bem quentinho! - todas as mesas estavam vazias, menos uma, nela estava sentado um garoto seus olhos verdes brilhavam, sua pele era pálida, seu topete loiro saia para fora de seu gorro preto que dava um certo charme a sua feição.
Nossos olhares se encontraram e eu rapidamente olhei para o chão tentando disfarçar, passei evitando observa-lo.
Pedi um cappuccino e um browie, enquanto procurava trocados no bolso da minha jaqueta, olhei para o garoto de costas, ele era atraente e eu estava pensando seriamente em sentar junto a sua mesa, mas era bobagem, passei por ele e sentei duas mesas mais longe, mas virada para ele. Ele mexia em seu celular e constantemente nossos olhares se encontravam, ele lançou um sorriso e uma covinha apareceu. Sem pensar um enorme frio na barriga me apareceu, tinha certeza que tinha ficado vermelha.
Levei minha mão até o bolso para mexer em meu celular, havia duas chamadas e uma mensagem perdidas no meu celular, era da minha amiga Lua, na mensagem dizia: Onde você está maluca? Você não vai ao cinema? Vários gatinhos! soltei uma pequena gargalhada silenciosa.
- Posso me sentar? - Direcionei meu olhar ao garoto loiro, seu sorriso era encantador.
- Claro! 
Ele se sentou, e por alguns minutos trocamos olhares envergonhados, ele escondia seu sorriso, e eu capturava cada detalhe.
- Meu nome é Jason. - Ele falou com um sorriso no canto do rosto.
Um pensamento tomou minha cabeça, eu simplesmente amava aquele nome e em menos de segundos que se conhecemos já estava começando a gostar dele mais do que devia.
- Meu nome é Maia. 
Seus olhos brilhavam e eu ficava cada vez mais interessada nele.
- Você é daqui? - Eu perguntei arrumando uma mecha teimosa do meu cabelo.
- Mudei recententemente.
Antes de pensar em uma desculpa melhor para convida-lo para sair falei.
- Eu poderia te mostrar a cidade. - Sério Maia? Não tinha uma desculpa melhor? Tipo levar ele para ver sua bisavó lutar judô?
Ele riu.
- Tudo bem, amanhã? 
E cada vez mais meu coração se derretia como manteiga.
- Sim, bom eu já vou indo, tenho que achar minha casa! 
- Achar sua casa? - Falou ele se levantando.
Refleti no que havia acabado de dizer, como posso falar tantas coisas erradas nas horas erradas?
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Lá estava eu, moço! Mais uma vez pensando nele, pensando porque ele havia me abandonado, naquela esquina, onde nosso amor foi jogado fora moço. Peguei o que restou do nosso amor que estava espalhado pelo chão e joguei na lixeira mais próxima sabe? 
Naquele dia passei o resto da tarde inativa sentada em um banco no parque, sem chorar, sem sofrer, sem emoções. Todas as tardes sentava no mesmo banco, no mesmo parque, e ficava olhando as folhas secas das árvores caídas no chão, paralisada, como se o mundo não girasse mais...
Foram dias e dias, meses e meses, que eu passei como se nada mais existisse, nada mais fizesse sentido, não havia feito nada de errado e não havia o porque meu coração ter desistido de mim desse jeito.
Então eu percebi que naquele mesmo dia, naquela mesma esquina, meu coração desistiu de mim, desistiu de suportar minhas emoções e sentimentos tão confusos.
E foi naquele dia, o dia que eu tive essa percepção, que fez uma nevasca dentro de mim, fiquei totalmente fria, e esqueci de como era sentir, como era amar. 
Todas as minhas emoções não existia mais, eu havia me desligado delas, e eu voltei a viver a vida, como se nada tivesse acontecido, só que dessa vez diferente, de um modo sem calor, sem amor.
Voltei a ir para a escola, pois tenho 17 anos e tenho que ir bem no meu ultimo ano, apesar de ter faltado bastante tempo, e talvez eu repetira de ano por isso, mas eu não me importava...
Depois de tudo que passei, de todas as paixões que sofri a solução era desligar-me, deixar de sentir qualquer coisa por tudo.
Nos primeiros dias eu simplesmente amei essa ideia, mas depois comecei a magoar os outros e mesmo sabendo que isso não era certo, não doía, eu não me importava!
Era um dia comum estava voltando da escola, fui cortar caminho pelo parque e então enquanto caminhava e chutava as folhas secas vi o banco, aquele banco, o qual eu passei boa parte da minha vida, fazendo nada, desligada, parei e fiquei observando-o e me vi lá, me vi sentada desligada, eu quase senti algo, quase me importei, mas eu simplesmente continuei caminhando.
Estava chegando em casa quando fui obrigada a passar por aquela esquina, que eu evitei por tanto tempo, mas como eu sabia que estava fria como uma noite de inverno, pensei que não ia ter problemas. Quando eu avistei aquela esquina eu vi ele lá, aquele cara que havia feito meu coração me abandonar, mas ele não estava só, eu estava lá, estava com ele, talvez não fosse real, talvez ele não estivesse realmente lá, mas naquela tarde de outono eu voltei a sentir, eu voltei a ter emoções, e por incrível que pareça não estava triste mesmo vendo aquela cena que talvez não era real, ele me fazia sentir, ele me fazia amar.




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Mandy Brancalion (@mandy.oca). Dezoito anos, adolescente atípica alternativa, apaixonada pela vida, viciada em sorvete.
Quer ser uma sereia com uma pitadinha de gótica quando crescer.
Cry Baby, fã de MPB e Indie. Fotógrafa, que cursa Modelagem de Vestuário, e quer ser estilista independente.
Sonhadora positivista, colecionadora de versilharias de apaixonados amargurados.

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