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Mandy Brancalion


Sou aquelas meninas que vivem apaixonadas sabe? Sonha acordada com o famoso romance de cinema, apesar de nunca demonstrar isso e afugentar muitos sendo fria, esses são meus reais sentimentos, mas nada disso chega aquele tipo de garota melodramática que sai por aí com qualquer um somente para não ficar sozinha.
Sempre sofri um pouco com essa história de sonhadora e esperanças inesgotáveis, mas com você está sendo tão diferente, e estranho.
Ao mesmo tempo que nos vejo tão distantes, tento encontrar explicações de não sermos tão próximos. Acho que estou me precipitando, mas quem se importa? Já está tudo acabado, destruído.
Tenho receio e ao mesmo tempo, correr o risco parece ser emocionante.
Você é tão diferente, como nunca o enxerguei antes?  Parece ser tão certo para mim, porém suas reações é que sou totalmente errada para você.
Temos mais em comum do que qualquer outra pessoa, você não faz ideia! É engraçado. Não é o tipo de sentimento gritante que nos faz dar a vida por alguém sabe? Mas é o sentimento na medida certa, que não é tarde demais para desistir, nem cedo demais para tentar.
Queria que enxergasse tudo o que vejo, então ouviria sem questionar, suas gargalhadas, quando digo que seriamos uma boa dupla.
Apenas uma chance seria o necessário para lhe mostrar. Vejo todos os dias você batendo na porta do erro.
Hoje foi uma surpresa, afinal, finalmente bateu em uma porta diferente, provavelmente um erro, um erro que como sempre você quis arriscar, porém, esse parece o erro mais certo que tentou.
O meu medo é que esse erro não sou eu.
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"Is break and burn and end."

Minha mãe costumava a dizer todo inicio de relacionamento "Cuidado para não se machucar, Luanna." e eu, adolescente, despreocupada e debochada, sempre ria de sua frase.
Afinal, me considerava uma garota independente e esperta, depois de sofrer por tantos caras, e cometer erros atrás de erros amorosos, era tolice não prestar atenção nos detalhes e se magoar.
Ah coitada. Que garota ingenua eu era.
Sinto falta dessa inocência, pensar que aprenderia com os erros, quando na verdade vivo um labirinto com várias entradas ao errado, a mudança é o trajeto, mas sempre leva ao mesmo lugar.
Confesso, ainda não encontrei o caminho certo, e quando eu encontrar, se encontrar, pretendo nunca mais entrar nesse labirinto, nunca mais.
Repetia para mim "Tolos são os que sofrem por amor com medo de ficarem sozinhos! Antes só do que mal acompanhada." me chame de hipócrita se quiser, de duas caras, para mim tanto faz, sei que nunca cumpri essa frase, mas adorava repassar para meus próximos, como se fosse totalmente fiel a ela.
Eu nunca soube o que esperar dos caras por qual me apaixonava, mas o destino traçou um caminho com muitos obstáculos, e toda as vezes que tropeçava neles, sentia a vida rir da minha cara, como se fosse esperado o que acabara de acontecer. As vezes falo "Como não enxerguei isso antes de quebrar a cara?".
Sei que meus relacionamentos são baseados em - conhecer, apegar, iludir-se e perder - juro que sou idiota o suficiente para ter cometido a mesma burrice, com os mesmos tipos de caras, até hoje, pelo menos quatro vezes.
Já é quase esperado, chega a ser monótono a história não dar certo. Brigas, traição, ciúmes e fim.
Eu não quero mais isso, quero viver em paz, sem o coração bater mais forte ao ver seu próximo assassino, a sensação de borboletas no estomago já não é tão boa assim.
A última coisa que eu queria, era ficar sozinha, hoje estou implorando por sossego.

"Que me desculpe o criador da frase
'Você deve encontrar a metade da sua laranja'.
Calma lá, amigo.
Eu nem gosto de laranja."
- Não Se Apega Não
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- José, José... Se você soubesse o que você fez comigo!
Lá estava eu, mais uma vez no quarto esparramada pela cama, cabelos presos por preguiça de escova-los, meias furadas nos calcanhares e uma blusa clara velha, gasta e com manchas de cada dia que eu a usara.
Estava parada daquele jeitinho, fazia muito tempo, batucando o lápis em meu caderno, em branco, ó precioso caderno, nele havia todos meus sentimentos, TODOS, mas ninguém jamais soubera.
Escondia meu dia-a-dia, em personagens e histórias diferentes, porém com os mesmos sentimentos e finais que as minhas... Tudo bem, tudo bem, algumas com o final que eu gostaria que tivesse acontecido na realidade.
Uma coisa, eu só conseguia pensar em uma coisa nesse exato momento, e de modo engraçado, ela que me inspira, e por vez, bloqueia minha inspiração, estou falando da paixão, a senhorita Paixão, que vem bagunçando meus dias, assim como uma brisa forte que entra pela janela e espalha as folhas de algo importante, do qual você não sabia a ordem e agora está de joelhos no chão, tentando se lembrar qual seria o começo de tudo, qual seria a primeira folha.
Essa é a minha situação, está tudo uma bagunça. Meu único pensamentos são os olhos de José, inocentes e castanhos olhos, pelo qual que apaixonei, eles me dizem a verdade mesmo quando sua boca diz mentiras confiáveis. Ele me guia quando estou perdida, seus olhos são a porta para descobrir que realmente é, olhar por baixo da máscara.
Vou dizer que se José por inteiro fosse seus olhos já haveria me casado com sua pessoa. Que pessoa maravilhosa esse homem seria. O príncipe encantado em seu cavalo negro. O meu sonho.
Pena que eu sonho demais, e a imagem que criei de José sobre seus olhos é ilusório. Cada vez mais decepções. Sempre esperei mais dele, e agora... Espero menos. Eu realmente não queria, mas foram medidas mais que necessárias, já que o troco que dou a cada tombo que ele me causa não equivale a um quarto dos danos causados em mim.
Fernanda estava certa quando me avisou sobre ele, fui inocente o suficiente para acreditar que daria certo, tola o bastante para achar que ele mudaria, por mim, por nós.
Sinto vergonha de mim, acreditei em uma mentira, uma mentira da qual já sabia a verdade, e agora? O que me resta? Dias sem inspirações, textos pobres cheios de você e nada de nós.

“ Confundia amor
com pranto

amava pouco

sofria tanto”
- Fabrício Garcia
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Quando você pensa que está indo para o caminho certo e estável, abre bem os olhos, você pode perfeitamente continuar em cima da corda bamba que é a vida, a qualquer momento você poderá cair, o seu "estar bem" na verdade é apenas um momento de equilíbrio, logo acabará, voltará as dificuldades, nada indica que você está em terra firme, que já pode caminhar sem se preocupar, sem medo, sem cair...
Tudo está confuso, mais um vez, como sempre, pra variar, diga o que quiser, como preferir... Minha vida se parece com uma roleta russa, onde a chance de eu me dar bem é mínima e estou só no aguardo para me ferrar novamente, cansei desse sentimento sabe?
Cada vez mais complicado, quem diria que você poderia fazer uma bagunça dessa dentro de mim? Tirar o meu sono, aquele pelo qual prometi que ninguém nunca me tiraria.
Certamente eu já sabia que você era problema quando te encontrei, vi com os meus próprios olhos, vi um coração ser despedaçado pela suas mãos, presenciei com minha carne e osso. Por ironia do destino, vida ou azar, chame do que quiser, eu dei as caras, fui atrás de você, pois seu jeito de me olhar me deixou intrigada, quis saber mais, e comecei a depender de você, do seu sorriso, e das suas palavras que agora não servem para nada, nem mais para me fazer sorrir.
Me enrolei em seus braços de modo que não consegui mais sair, fiquei presa no nó que eu mesmo atei.
Ao seu lado me sinto a beira do precipício, sei que tudo tem seu risco, mas eu já sabia que a brisa lá em cima é boa, mas que quando ela acabasse eu iria cair, desprevenida e iludida.
Quando eu perceber será tarde.
Tarde demais para colocar Band-Aids nos machucados, tarde demais para colar os pedaços tarde demais para me proteger da realidade...
Quando eu perceber será tarde.
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Hoje em dia é só sobre isso que falam, nas revistas teens, blogs, televisão... Alma Gêmea, mas quem é esse cara? De onde ele é? Por que todos querem encontra-lo?
Com certeza um homem muito requisitado, famoso e rico. As garotas comentam seu nome o tempo todo, gostaria de pergunta-las sobre ele, mas elas falam como se fosse tão óbvio que prefiro poupar o papel de tosca desinformada.
Uma dúvida que tenho é que cada uma o descreve de uma forma, o tal cara é um metamorfo? Dizem que ele é loiro, outras citam ruivo, moreno, alto, baixo, magro, gordo.
Estou confusa.
Afinal quem é ele? Talvez seja alguém que nunca conhecerei, pois se ele tem tantas aparências como saberei?
Sempre serei a ultima, uma ruiva desengonçada, alta e com traços grosseiros, como se fossem um rascunho de um desenho, olhos castanhos e sorriso bobo. Bochechas cheias e sempre avermelhadas, alta maior que todos os garotos, um humor de garota maluca e sua espontaneidade afugentam os garotos, como? Como o encontrarei?
Perguntas, perguntas e perguntas... Respostas, nada!
Bom, o jeito é continuar, desse mesmo modo, ouvindo de canto a falar sobre ele e continuar o caminho sem descobri-lo, se houvesse pelo menos um modo de...
Ah, quer saber, chega! Que se dane. Que se dane o Sr.Alma Gêmea e a todas que a encontraram eu simplesmente não me importo, nem um pouquinho.
Nananinanão!
Não posso ficar parada por causa de alguém, alguém que mal conheço, ou na realidade, não faço a mínima ideia de quem seja.
Tenho que continuar, ser feliz com o que tenho, se encontrar bem, senão, ninguém nunca disse que a vida era como esperamos.
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As coisas estão ficando cada vez mais complicadas desse lado. Não sou paciente, então já deve saber que não fiquei horas tentando entender. Simplesmente joguei um dane-se em cima, juntei tudo em uma lixeira e botei fogo.
Confusa é meu sobrenome e Indecisa meu apelido, um fato péssimo é mudar de humor sem querer mudar, e sim isso acontece comigo. Acredite é pior do que parece.
Sabe quando uma música te inspira? É o que acontece toda vez que ouço Sail, Radioactive ou Ignorance... (Awolnation, Imagine Dragons e Paramore).
A partir de hoje fazem parte da trilha sonora da minha vida.
Sabe quando você tem vontade de sumir, quando na verdade apenas quer ser encontrado? É o meu caso, acho que li essa frase no Tumblr, e ela não passa de uma pura verdade.
Muitas coisas andam me inspirando, estou cada vez querendo escrever mais, mais, e mais... Não é um hábito é um vício!
A inspiração vem muito fácil e escrevendo sinto borboletas no estomago, sinceramente odeio (odeio) essa sensação, esse dia é uma exceção.
Andei percebendo que as mesmas coisas de antes já não me fazem feliz, talvez esteja mais fria, está um pouco difícil para me decepcionar, ou passar o dia trancada no quarto jogada na cama encarando o teto. Isso é raro.
Já disse a você que mudei, mas está difícil entender o que.
Acredito que a notícia que se encaixa ao título é que eu mudo constantemente de pensamento, sentimento e humor sobre as coisas, fato que é estranho. Não acha?
Nunca fui dessas de contradizer com as próprias opiniões, ser uma metamorfose ambulante, ou uma hipócrita... Mas ultimamente estou uma boa mistura de tudo... Felicidade, tristeza, ódio, amor.
Quase uma experiencia maluca! Estou certa? Ou apenas incompreendida?
Difícil é responder quando não se sabe a resposta para si, né?
Se identificou com algo aí no texto, claro que sim, ao menos uma parte acertei por algo que está passando ou já passou... Sou mágicaaa.
Dizem que é adolescência, dizem que é TPM, fase. Em minha opinião arranjam desculpas para o ainda não respondido. Quem obteve sua resposta não poderá te ajudar, porque a minha resposta não vale para seu problema, o mais importante para você, não é o mais importante para mim. Afinal, qual o mais importante para mim? Boa pergunta... Seria uma pena.... Se ninguém....Soubesse a resposta!
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Sabe quando você precisa colocar os assuntos em dia com uma amiga? Então é mais ou menos isso que esta rolando aqui... Sem crises diárias e etc [ainda bem!].
Sempre há um basta em nossa vida né? Pois é eu cheguei a esse ponto estava cansada de mim, minhas atitudes, claro eu nunca liguei para as opiniões alheias, nunca liguei até eles estarem certos.
Eu mudei, me sinto mais feliz, mais leve, mais eu! Todos as tardes quando converso com as pessoas pelo Whats tem uma diferença, me tratam diferente, e isso é ótimo :)
Noites e noites [ resumindo TODAS as noites ]  antes de dormir pensava na vida, ainda faço isso.
Para falar a real não sei distinguir o que mudou, mas eu comecei a ver mais o lado positivo, querer aderir a vida coisas mais leves, me sentir feliz, odiar menos as pessoas, parar de fazer com que 1 minuto bobo acabe com 23 horas e 59 minutos.
Pequenas coisinhas que mudei fizeram diferença, comecei a ouvir mais o que as pessoas tem a me dizer, deixar um pouco a ignorância, sair da defensiva!
Experimentar coisas diferentes para o meu dia, largar as mentiras chega.
Sempre vivi de um modo ridículo e só agora me toquei. Acabou a depressão por coisas inúteis, quero continuar assim não quero recair a todo momento que uma pedra maior me acertar.
A influencia das pessoas a minha volta era e sempre foi péssima, porque continuar conversando com aquela pessoa que é uma pedra no seu sapato, não te ajuda, só cria problemas e ainda é um peso á mais para carregar.
Acordei, descartei o que não precisava, hoje mantenho apenas o necessário, tristeza sai fora!
Pretendo continuar assim, vivendo feliz, leve e sem me preocupar com inutilidades, tenho 14 anos, não é uma idade para viver deprimida, estar cercada de problemas e etc.
Se você tem 14 e discorda da minha ideia a errada é você se desprenda de rotinas, de um basta naquilo que não faz bem e um goodbye para as pessoas pedra no sapato. Te garanto se sentira bem, bem melhor.
Pode confiar.
Um sorriso e educação faz tanto diferença em nossa vida como na vida dos outros, todos nós já ouvimos "Plantar rosas e colher rosas, Plantar espinhos e colher espinhos." sempre pensamos, que isso é uma pura lorota, as pessoas as nossas voltas fazem de tudo e você nunca vê a consequência, realmente. Porque nada é na hora que desejamos certo?
"Tudo tem sua hora!" essa vocês também ouviram né?
Nós todos deveríamos aderir esse estilo de vida...


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Faz muito tempo que não escrevo textos aqui no blog, graças ao meu caderno de textos que carrego para todo o canto não perdi a prática!
As vezes um sentimento forte, que te faz ficar feliz, faz o coração pulsar mais forte, pode ser ruim! Pois é, eu sempre achei o amor sem sentido, simplesmente pelo fato de que, é tão bom, que faz mal... Sinceramente nunca compreendi muito bem, esse "sentido da coisa", e acredito que não entenderei tão cedo assim.
Não sou nenhuma experiente para sair dizendo "Ei você, não se apaixone, pois um dia irá se ferrar!", mas uma vez que passei por isso é o suficiente para sair dizendo "Ei você, não se apaixone, pois um dia irá se ferrar!". Confuso? Talvez, mas para quem já passou por isso faz bastante sentido e não adianta negar.
Novas experiencias são bem-vindas, só que não!
Por isso vim fazer um breve anuncio que estou fechando as portas do meu coração, para uma bela reconstrução, porque as janelas foram quebradas, e os pedaços de cacos de vidro deixados lá doem.
Metaforicamente faz sentido, e veja... Por mais enrolada que estou para botar isso para fora, até mesmo por textos, você está entendendo.
Já passou por isso, me entende, e pensa "É amiga... Vai passar!" mas eu não quero que passe. Não deveria ter acontecido para desejar que passe.
Mais complicado que parece, eu estou é facilitando a história para vocês.
Ultimamente meus textos andam sendo beem curtos comparados a outros que já escrevi, talvez seja pelo fato de não conseguir aceitar a verdade, quanto mais escrever ela...
Talvez seja porque eu não sou forte o suficiente, talvez eu seja de uma certa forma burra, talvez, talvez,talvez... Única coisa que eu tenho certeza é que, não tenho certeza de nada!
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Era um dia comum em Nova Iorque, estava trabalhando, e finalmente cheguei a meu prédio. Era uma tarde chuvosa, minhas botas e meu casaco estavam encharcados, porque o guarda-chuva não foi o suficiente.
Estava totalmente exausta, - passei um dia inteiro fotografando – subi as escadas lentamente, pois o cansaço falava mais alto, finalmente cheguei ao quinto andar, abri a porta e meu gato Jer já estava ali me esperando, peguei ele no colo, fechei a porta e coloquei minha bolsa e minha câmera em cima da mesa.
Fui direto para o banho, tirei minha roupa, e liguei o chuveiro – o mais quente que ele podia aguentar – o meu desejo era ficar ali até o verão chegar, mas não sou de gastar muita água. Sai do banho e me enrolei em uma toalha que estava quentinha, fui correndo ao meu quarto, coloquei uma camisola, tirei a maquiagem, e fiz um coque.
Caminhei até a cozinha preparei um cappuccino, e um misto quente, logo deitei no sofá e passei a tarde inteira assistindo The Vampire Diaries.
E percebi que mesmo eu fazendo tudo que gosto, nunca estou satisfeita, sempre quero mais na minha vida.
Todos os dias me pego pensando, como eu queria tal coisa, mas nunca parei pra pensar como cheguei até aqui, como conquistei tudo que tenho hoje.
Tenho certeza que quando tinha nove anos de idade nunca pensei que estaria morando sozinha em um apartamento no centro de Nova Iorque e que seria uma das maiores fotojornalistas da cidade.
Principalmente sendo eu mesma, quando tinha 12 anos na escola, zombavam de mim quando mostrava quem eu realmente sou, hoje sou famosa com o meu trabalho, ainda tenho um blog, nele sou eu mesma, sem se preocupar com o que os outros pensam, e essa idéia deu certo.
Depois de anos e anos tentando esconder que eu realmente sou, descubro que na verdade não devia me esconder e sim me mostrar.
Não me importo mais com o que a cidade vai pensar de mim, primeiro preciso me amar, para depois ser amada.
Porque se eu não gostar de mim quem vai gostar? O que importa para mim hoje é eu estar de bem comigo, de bem com a vida.
E pela primeira vez, deixei o cansaço e a preocupação de lado, e pela primeira vez tive um dia tranquilo, no qual não precisei me esconder.


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Daqui a uma hora ele chega. Não deu tempo de consertar o esfolado da minha unha e de esfoliar decentemente os pelos encravados. Esfolado, esfoliado. Tudo parece música e rima mas é só porque você chega em uma hora. Tem um carro que passa lá longe, enquanto eu tento abrir os olhos e encarar esse dia em que você chega. Esse carro não sabe, mas foram mil anos abrindo os olhos e ouvindo carros e ouvindo ruas e não ouvindo a sua voz. E agora a sua voz existe e você chega em uma hora. Não estou pronta. Minha barriga dói. Eu tenho vontade de vomitar. Eu não consigo comer de tanto medo que eu estou sentindo. Eu quase desmaiei agora de manhã, porque pra piorar está calor. Não lido bem com calor. Não lido bem com nada que não seja eu em minha bolha arejada de imaginações. Mentira, não lido bem com minha bolha arejada de imaginações também. Não lido bem com nada. Não deu tempo de virar mulher. A hora que ele aparecer no desembarque do aeroporto, com sua cara de homem, com sua voz de homem, eu vou ter vontade de pedir que ele volte de onde veio e espere mais cem anos. Porque não deu tempo de eu virar mulher. Eu vou ter vontade de pedir que ele me carregue no colo até a casa da minha mãe e me entregue pra ela. Eu queria tomar sopa na casa da minha mãe. Eu lembrei agora que minha mãe me dava Sustagem quando eu ficava assim, tão assustadoramente encantada pelo mistério das coisas. E ela temia que eu desintegrasse. E agora? Como faz quando se é adulta? Qual é a sustagem de agora para que eu não desintegre? Como é que se ama com um corpo de trinta e três anos se por dentro eu tenho cinco anos e estou tremendo, apavorada, pressentindo o estrago que as coisas de verdade podem causar. Por que eu chamo de estrago quando sei que, na verdade, estrago é o que as coisas que não são de verdade causam. Eu tenho tamanho pra suportar o tamanho das coisas de verdade?
O amor chega em uma hora e eu ainda não consegui comer, escolher a roupa, arrumar minha franja, decidir se já posso amar. O amor chega em uma hora e vai quebrar meu gesso mas eu não decidi se os ossos já estão bons o suficiente. Mas ele vai chegar com trinta martelos e eu vou estar esperando, forte e decidida, pra receber a porrada. E o ar que vai entrar. E mais dor. E o ar que vai entrar. E quem sabe então alguma felicidade, já que fui corajosa. Quem sabe a felicidade seja a harmonia entre a dor e o ar que entram pelos poros que temos coragem de abrir? E quem sabe só o amor seja o martelo possível?
Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.
Agora é menos de uma hora. Você vai chegar e automaticamente minha agenda de milhares de regras e horários e controles vai desaparecer. E eu vou ficar apavorada porque só o que eu tenho é o contorno mentiroso que eu dou para os meus dias. E você, porque me abraça e me dá outro desenho, é o vilão da minha vida programada. Você é o tufão de oxigênio que invade meu nariz mas, porque estou com tanto medo, mais parece falta de ar. Agora é menos de menos de uma hora. Preciso terminar esse texto. Mas eu tenho medo, sobretudo, de terminar esse texto. Sobre o que eu vou escrever se você for melhor do que esperar por você?

- Tati Bernadi
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O que esperar do futuro? Afinal não é uma coisa impossível de ser questionada. Todos os dias me pego pensando como vai acontecer isso, o que vou fazer com aquilo, mas será que devo ter tantos planejamentos ou deixar a vida surpreender-me?
São perguntas que penso frequentemente, todos sabem que nada vai ser, foi, ou é perfeito, então é claro que nada vai sair exatamente como planejado. 

Claro que temos objetivos e sonhos, e temos que lutar por eles, mas e se tudo que você sonhou nunca acontecer? Vou atrás de outros sonhos ou deixo tomar-me pelo fracasso?

Um dia quero ser uma jornalista bem sucedida, trabalhar no exterior, morar na Inglaterra ou talvez nos Estados Unidos, ainda não sei ao certo, mas claro que não sei, não sou vidente!
Mas vamos direto ao ponto, minha duvida é se nada disso for realizado o que vou fazer?
Continuar com os mesmos sonhos, batalhando por eles ou procurando novos sonhos com objetivo de realiza-los?

Meu futuro é incerto, então vou deixar a vida surpreender-me, vou sempre continuar com meus sonhos e meus objetivos, mas sempre com a ideia que talvez possa não dar certo. 
E se não der vou aceitar normalmente, continuar batalhando e um dia chego aonde sempre quis, não na fama, no sucesso ou na riqueza, em um lugar onde eu saiba que a minha missão foi realmente cumprida, onde realizei tudo que sempre quis.

Nunca perdendo a essência de quem realmente sou, sempre sendo eu mesma, sem falsidades ou mentiras, então vou me sentir completa!

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About me



Mandy Brancalion (@mandy.oca). Dezoito anos, adolescente atípica alternativa, apaixonada pela vida, viciada em sorvete.
Quer ser uma sereia com uma pitadinha de gótica quando crescer.
Cry Baby, fã de MPB e Indie. Fotógrafa, que cursa Modelagem de Vestuário, e quer ser estilista independente.
Sonhadora positivista, colecionadora de versilharias de apaixonados amargurados.

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